quinta-feira, 29 de dezembro de 2016

2016...

Estamos quase a despedir-nos de ti. Para mim foste o ano do desassossego, das confusões, das agitações. Sei bem que muitas não foram comigo, mas sabes que quando estamos ligados às pessoas acabámos por sofrer com elas. No meio da confusão ainda te transformas-te em perdas e mais tarde em ganhos. Foste um ano em que perdi pessoas com quem contei grande parte da minha vida. Foram vários meses a sofrer com isso, a pensar que um dia haveria de recuperar essas pessoas, mas não. Contigo aprendi que perder faz parte da vida. As pessoas crescem, mudam, interessam-se por outras coisas. Vi essa mudança em mim também. Ganhei novas pessoas, novas histórias, novas aventuras. Percebi que a amizade não é estar sempre presente, mas estar lá sempre. Aprendi que todos temos um lado mais cinzento e ao mesmo tempo aprendi a fugir sempre para a luz. Foste o ano das viagens, dos reencontros, dos abraços apertados, das conversas até às tantas da manhã. Foste o ano em que percebi que o amor não é perfeito, mas é na imperfeição que ele faz todo o sentido. Percebi que o amor está no jantar pronto quando chegas demasiado cansada a casa, está nas rosas que aparecem de surpresa, está na partilha dos dias maus, está no "hoje levas tu o lixo", está nos pés enroscados para aquecer...está até nas discussões e nas desilusões. Olhando para trás, foste o ano da aprendizagem, da insegurança e da mudança. Foste o ano em que mesmo quando foi mesmo difícil eu nunca deixei de ser feliz. Sorri sempre depois de chorar, e fiquei sempre em paz depois de me chatear. Foste sim um bom ano, um ano amigo. Levo-te no coração!

Sem comentários:

Enviar um comentário